30 de dezembro de 2010

Retrospectiva 2010

Foi um ano de altos e baixos para o basquete brasileiro. Os resultados nos Mundiais foram idênticos: nono lugar. Na prática, contudo, houve uma grande diferença entre as seleções masculina e feminina. Os rapazes, comandados por Rubén Magnano, caíram nas oitavas de final, mas deixaram a Turquia com a sensação de que subiram alguns degraus no cenário internacional. As meninas, ao contrário, decepcionaram com uma campanha muito ruim na República Tcheca, onde não conseguiram sequer avançar ao mata-mata.

NBB
No NBB, o ano foi do Brasília. A equipe conquistou a segunda edição do NBB e a Liga Sul-Americana – nas duas ocasiões, bateu o rival Flamengo na decisão. Teve pancadaria no meio da série decisiva, mas tudo terminou em festa brasiliense.

NBA
Na NBA, foi o ano do Los Angeles Lakers, campeão numa série fantástica contra o Boston Celtics, e também de LeBron James, que causou polêmica ao trocar o Cleveland Cavaliers pelo Miami Heat. Quem também resolveu se aventurar nos Estados Unidos foi Tiago Splitter. Ele finalmente decidiu fazer o salto para a liga americana, onde tem jogado pelo San Antonio Spurs. Antes disso, atravessou um 2010 brilhante, com o título espanhol, a eleição de MVP da liga ACB e as boas atuações no Mundial. Confira a seguir os destaques da bola laranja ao longo do ano.
 

DESTAQUE
Com um ouro olímpico e um vice-campeonato mundial, o argentino Rubén Magnano assumiu a seleção brasileira masculina cheio de moral. Logo de cara, ele avisou que não dava para estipular metas ou cobrar resultados no primeiro ano. De fato, não deu, mas é inegável que o treinador fez a bola laranja subir alguns degraus no país. Contando com todos os principais jogadores, à exceção de Nenê, machucado, Magnano levou o Brasil ao nono lugar no Mundial da Turquia, tombando diante da Argentina, nas oitavas de final.

A equipe sofreu com as lesões de Tiago Splitter e Anderson Varejão, mas o basquete apresentado em quadra foi digno de elogios. A equipe perdeu, mas jogou de igual para igual contra adversários potentes como Estados Unidos, Eslovênia e, claro, os hermanos, que nos mandaram para casa mais cedo.

Além disso, Magnano deu atenção aos jogadores jovens e, depois do Mundial, saiu em turnê pelo país para acompanhar campeonatos da base. Era o cumprimento de uma promessa feita na hora em que assumiu: fazer o basquete verde-amarelo evoluir. Por enquanto, missão cumprida.

A REVELAÇÃO
Chamado para treinar com a seleção adulta no Rio de Janeiro, Raulzinho estava ali apenas para ganhar experiência. O garoto de 18 anos não imaginava que, com o passar dos dias, o caminho do Mundial adulto se abriria para ele.

Credenciado por ótimas atuações na Copa América sub-19, o armador acabou ficando com uma das vagas no grupo de Rubén Magnano, como reserva de Marcelinho Huertas e Nezinho.

Não satisfeito em vestir a camisa do Brasil no Mundial, Raulzinho ainda voltou animado para o NBB. Pelo Minas, vem tendo atuações sólidas nas quadras nacionais e desponta como uma aposta certa para o futuro da seleção.





A DECEPÇÂO
Com um técnico novo e os retornos de Érika e Iziane, a seleção feminina chegou ao Mundial da República Tcheca como uma incógnita. E deu tudo errado. A derrota na estreia para as coreanas desencadeou uma crise técnica e tática no grupo, que não se acertou mais na competição. O espanhol Carlos Colinas não conseguia fazer o time jogar bem, e só quem se salvava era Érika, além da jovem Damiris, que encarou a fogueira aos 17 anos. Resultado: vitórias magras sobre Mali e Japão, derrotas para Coreia, Espanha, Rússia e República Tcheca. Não deu para chegar nem às quartas de final.

Assim como a seleção, a cúpula do basquete feminino também não teve um bom 2010. A aposta de Hortência em Colinas deu errado, e a Rainha se enrolou nas declarações ao longo do ano. Chegou a admitir uma pane no elenco e disse que ligou várias vezes para a psicóloga no Brasil durante a campanha na Europa, mas manteve a posição de não incluir esse tipo de profissional na delegação. No fim do ano, surpreendeu de novo, ao escolher para o lugar de Colinas o técnico Ênio Vecchi, que não tem nenhuma experiência no feminino.

RECORDE
O ALL STAR GAME deste ano quebrou o recorde de público em um jogo de basquete, reunindo 108.713 pessoas no novo estádio de futebol americano do Dallas Cowboys.


O DEPOIMENTO
Era a decisão mais aguardada do ano na NBA. LeBron James estava prestes a mudar de time, e o mundo inteiro queria saber para onde ele ia - ou até se ficaria no Cleveland Cavaliers. O astro armou um circo de mídia para fazer o anúncio, com direito a programa de uma hora ao vivo na TV americana. Ao escolher o Miami Heat, ele revelou assim sua decisão:

- Estou levando meus talentos para South Beach - afirmou.
(Globo Esporte)


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